EFICÁCIA DAS VACINAS E PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA COVID-19 EM CRIANÇAS

Resumo

Vacinação infantil é de extrema importância em contexto pandêmico mundial, haja vista o crescente número de infectados e óbitos provocados pelo SARS-CoV-2. Muitos pais se tornaram resistentes aos planos de imunização, uma vez que Fake News não facilitaram o processo de conscientização da população. Mesmo com especulações sobre a eficácia e segurança das vacinas, são comprovadamente confiáveis em todos os aspectos, salvo em raros casos de miocardite. Assim, vacinar-se é o meio mais seguro para passar pela pandemia, uma vez que os relatos de ocorrência de SIM-P em crianças que contraíram a doença são mais comuns que casos de efeitos adversos provocados pelas vacinas. Objetivou-se apresentar a eficácia das vacinas contra Covid-19 em crianças e relacionar com o perfil epidemiológico dessa doença para a população infantil. Realizou-se pesquisa descritiva documental quantitativa na Estratégia Saúde da Família (ESF) em Paranapuã, SP, cuja coleta ocorreu em maio/2022, em dados públicos de vacinação da população infantil (quantidade de doses, faixa etária 0 a 11 anos, não considerou o perfil socioeconômico e sexo). Observou-se também quantidade da população infantil no censo demográfico 2010 para fins de dados estatísticos. Resultados indicam que dos 649 indivíduos, apenas 251 (38,68%) receberam imunização completa contra o vírus (duas doses da vacina, independente da marca), sendo minoria, enquanto 398 (61,32%) não receberam nenhum imunizante. Ademais, 9 (3,58%) contraíram doença com efeito leve ou moderado após a imunização. Todavia, há hesitação de pais por possibilidade de reação adversa. Porém, os dados indicam eficácia no combate/prevenção, sendo menor evolução para estados críticos/óbitos. Conclui-se que a imunização infantil, independente da marca aplicada (Pfizer-BioNTech ou CoronaVac-Sinovac), é indispensável. Ademais, como já foi provado a eficácia e segurança das vacinas pediátricas, é mais benéfico receber e evitar o agravamento da doença, a manter a chance de ser infectado e, posteriormente, possuir sequelas.