PARESTESIA ASSOCIADA AO USO DE ARTICAÍNA: REVISÃO DE LITERATURA

Resumo

Para o sucesso de qualquer procedimento cirúrgico odontológico, é indispensável que se obtenha uma anestesia que elimine por completo a sensação dolorosa e que perdure durante todo ato operatório. A parestesia é uma condição localizada de insensibilização da região inervada pelo nervo em questão, que ocorre quando se provoca a lesão dos nervos sensitivos. Seu principal sintoma é a ausência de sensibilidade na região afetada, mas, em estágios mais evoluídos pode apresentar formigamento ou choques na região afetada. Durante os tratamentos odontológicos, a parestesia pode ocorrer com mais frequência como complicação de cirurgias de terceiros molares, instalação de implantes próximos ao nervo alveolar inferior, dentre outras. Não menos importante, as parestesias podem ocorrer após as anestesias dos nervos alveolar inferior, lingual, bucal ou quando atingem os nervos trigêmeo e facial, e são decorrentes de fatores locais ou sistêmicos.  O objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão de literatura, buscando verificar quais tipos de procedimentos odontológicos estão mais susceptíveis a gerar parestesia em ambulatório odontológico associado ao uso do anestésico Articaína. Assim, neste estudo foi realizado uma revisão integrativa da literatura, buscando-se artigos nacionais e internacionais nas principais bases de dados Pubmed e Scielo utilizando-se os seguintes descritores de forma isolada ou combinada: parestesia, complicações intraoperatórias na odontologia, cirurgia oral e Articaína, buscando-se uma interrelação entre as ocorrências de parestesias nos procedimentos cirúrgicos/odontológicos associadas ou não ao uso do anestésico Articaína. Os estudos mostraram que embora a causa da parestesia associada ao anestésico ainda ser um assunto controverso, observou-se ser relevante o seu potencial de neurotoxicidade. Conclui-se que a Articaína apesar de ser um anestésico local de uso mais recente, vem tornando-se progressivamente popular entre os dentistas, devido ao sua alta potência e apesar dos indícios de correlação entre a parestesia e esse fármaco ser muito forte, mais estudos são necessários para elucidar esta questão.