LEUCOPLASIA ORAL: LESÃO PRÉ-MALIGNA MAIS COMUM DA BOCA

Resumo

Introdução: A leucoplasia oral manifesta-se por placas ou manchas brancas hiperceratóticas de possível malignização, de ocorrência comum da boca, que tem predileção por pessoas do sexo masculino entre 30 e 60 anos; estudos comprovam que o tabaco é o principal agente etiológico, fator que confere à lesão um prognóstico reservado, tendo-se que, na evolução da doença, o desenvolvimento de câncer é considerado. Objetivo: Com base nas características clínicas da leucoplasia oral, analisar suas manifestações a sua relação com o uso do tabaco tendo em vista as chances de transformação em câncer. Metodologia: Analisar as características clínicas da leucoplasia oral quanto ao diagnóstico, etiologia, tratamento e prognóstico com evolução clínica, através do estudo de casos junto à literatura pertinente. Resultado: A leucoplaisa oral é uma lesão branca que por estar, na grande maioria das vezes, intimamente relacionada ao uso do tabaco, apresenta-se com hiperceratose, que lhe confere o aspecto de cor branca na boca; os casos estudados foram tratados inicialmente pela suspensão do uso de tabaco e cirurgia redutora em alguns casos. Foi observado que no diagnóstico são consideradas duas situações em relação à homogeneidade ou não da superfície esbranquiçada da lesão, que definem, respectivamente, a leucoplasia homogênea e a leucoplasia não homogênea; observou-se, ainda, que os casos de leucoplasia homogênea apresentaram prognóstico entre favorável e reservado, enquanto que os casos não homogêneos, apresentaram prognóstico entre reservado e sombrio, com uma maior possibilidade de transformação neoplásica em sua evolução. Conclusão: O presente estudo evidencia a necessidade da detecção precoce da lesão, para que o paciente possa ser orientado sobre a necessidade do abandono do hábito de fumar para o sucesso no tratamento, considerando-se ser a mesma uma lesão precursora de câncer oral.