RESTAURAÇÕES INDIRETAS CONFECCIONAS EM IMPRESSORA 3D MITO OU REALIDADE?

Resumo

A odontologia digital tem se mostrado promissora para o planejamento e execução dos procedimentos restauradores, especialmente por proporcionar um maior leque de possibilidades para simplificar o processo reabilitador. Recentemente, foram lançadas resinas para impressora 3D com a proposta de serem utilizadas como restaurações provisórias e restaurações finais. Apesar da característica inovadora, existe grande interesse sobre as propriedades físicas e mecânicas deste novo grupo de materiais. O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura buscando artigos que investigassem as propriedades físicas e mecânicas das resinas confeccionadas em impressora 3D com o intuito de prever seu comportamento clínico em boca. Para execução desta revisão foi realizada uma busca nas bases de dados PubMed, Scielo e Google Scholar, obtendo-se artigos de língua inglesa e portuguesa. Nenhum estudo atualmente apresenta evidências clínicas robustas para a utilização das resinas de impressora 3D clinicamente, no entanto, resultados laboratoriais têm apresentado resultados promissores para utilização do material com restaurador provisório. Falhas quanto à resistência ao desgaste, e alta pigmentação consistem nas principais desvantagens do material, o que, atualmente, o desqualificam para a utilização como restauração final. Pode-se concluir que apesar da tecnologia inovadora ter o potencial de facilitar muito o dia a dia do clínico, existe ainda a necessidade de mais estudos que confirmem a sua eficiência para utilização como material restaurador definitivo, ou ainda que novas formulações sejam pesquisadas a fim de obter propriedades físicas e mecânicas capazes de mimetizar a estrutura dentária com maior eficiência, tanto do aspecto estético quanto funcional.