TRATAMENTO DE DISFUNÇÃO TEMPORO MANDIBULAR ASSOCIADO A ANTIDEPRESSIVOS
Palavras-chave:
Disfunção Temporomandibular (DTM), Antidepressivo, Dor crônicaResumo
Introdução: A disfunção temporomandibular (DTM) apresenta etiologia multifatorial e está relacionada com fatores estruturais, neuromusculares, oclusais, psicológicos, hábitos parafuncionais e lesões traumáticas e/ou degenerativa da articulação temporomandibular. Os antidepressivos tricíclicos (ADTs) aumentam a disponibilidade de noradrenalina e serotonina, inibindo a recaptação destes neurotransmissores pelos receptores pré-sinápticos. Os ADTs têm sido cada vez mais empregados no tratamento de dores crônicas, demonstrando eficácia no controle de diversas síndromes. Estudos relatam que antidepressivos podem ser úteis mesmo quando não há presença de depressão, como no tratamento da DTM. Objetivo: Avaliar a eficácia e a segurança do uso de antidepressivos como coadjuvantes no tratamento da DTM. Metodologia: Realizou-se uma revisão de literatura descritiva a partir de consultas a bancos de dados da área da saúde (Google Acadêmico, PubMed, Scielo), e em livros de odontologia que abordassem tratamentos da DTM por meio de terapias coadjuvantes com antidepressivos. Resultados: Os ADTs atuam bloqueando a recaptação da noradrenalina e da serotonina na fenda sináptica. Deste modo, possibilitam que tais substâncias interajam com receptores específicos presentes nos interneurônios inibitórios localizados na medula dorsal, aumentando a sinapse e amplificando a ativação de neurônios secundários da via nociceptiva, o que torna a resposta dolorosa de menor grau. Porém, o uso dos ADTs apresenta desvantagens, principalmente relacionadas aos efeitos indesejados (colaterais, secundários e/ou interações medicamentosas), tais como dependência, impotência sexual, xerostomia, hipotensão arterial, além da síndrome da serotonina, que pode ocorrer com o uso de fármacos terapêuticos e ocasionar complicações graves, como a acidose metabólica. Conclusão: A DTM sem tratamento tende a se agravar ao longo do tempo, e os antidepressivos têm se mostrado uma proposta promissora para o tratamento das dores relacionadas. Administrados em dosagens adequadas antes de dormir, podem resultar em melhoras gradativas na sintomatologia clínica, o que permite classificá-los como fármacos eficazes enquanto coadjuvantes no tratamento da DTM.
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