CARCINOMA EPIDERMÓIDE
Palavras-chave:
Carcinoma espinocelular, Carcinoma escamoso, Câncer oral, Carcinoma epidermóide.Resumo
Introdução: Na boca, o carcinoma epidermóide (CE) manifesta-se clinicamente como úlcera que não cicatriza, inicialmente indolor, que pode apresentar leito necrótico ou melicérico, bordas evertidas e base endurecida, que não permite ao profissional dobrá-la sobre si mesma ao exame físico. É também denominado carcinoma espinocelular ou escamoso. Objetivo: Melhor compreender a manifestação clínica do CE, incluindo os principais fatores predisponentes, diagnóstico, e participação do cirurgião dentista (CD) como membro da equipe oncológica. Metodologia: Análise da literatura disponível nas plataformas Lilacs e Bireme incluindo livros-texto e artigos de relatos clínicos, tabulando-se dados relativos à epidemiologia, terapêutica e morbidade dos pacientes. Resultados: A análise dos dados obtidos na bibliografia consultada evidenciou que, entre os processos malignos orais, o CE é o mais comum, de origem intimamente associada ao tabagismo e alcoolismo conjugados, além de fatores genéticos, radiação actínica e imunodeficiência. Prevalente na idade média 60 anos, tem maior incidência após os 45. Com alto nível de ocorrência em cabeça e pescoço, a lesão é mais frequente em língua, o que concorre para graves sequelas pós cirúrgicas. A terapêutica intituída nos casos considerados no presente estudo incluiu opções como quimio e radioterapia além de cirurgias, com prognóstico sombrio, ou seja, obtenção de cura mas também se considerando a possibilidade de ocorrência de recidivas. Conclusão: É importante a participação do CD na equipe oncológica, como orientador técnico ao médico cirurgião sobre os parâmetros anatômicos necessários à reabilitação protética pós-cirúrgica quando necessária. O CD é também importante no diagnóstico precoce, haja vista que o início deste tipo de câncer pode estar relacionado a discretas úlceras bucais que não cicatrizam após duas semanas de evolução. Conclui-se, também, que é inquestionável os malefícios do tabaco na etiopatogenia da doença, e que a possibilidade de ocorrência em pacientes mais jovens tem sido considerada.
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