CASOS DE ABORTAMENTO ESPONTÂNEO EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE INTERIOR PAULISTA

Resumo

Introdução: O aborto espontâneo tem como definição, a perda espontânea de gravidez antes de 24 semanas de gestação, em que a maioria ocorre nas primeiras 14 semanas, conhecido como aborto espontâneo prematuro, sendo a adversidade gestacional mais comum, de origem multifatorial, de causas genéticas e não genéticas. Mulheres moradoras de bairros desfavorecidos, com nível socioeconômico mais baixo, de menor escolaridade, apresentam altas taxas de aborto espontâneo, pois a desinformação ocasiona atraso no pré-natal, dificultando então a identificação precoce de alterações gestacionais. Objetivo: Identificar nos registros em prontuários de uma unidade de saúde da família, a quantidade de gravidez que resultam em aborto espontâneo e comparar com as condições de saúde e com a situação sócio cultural dessas mulheres. Metodologia: Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer nº 5.382.705, a metodologia utilizada para a coleta de dados foi um estudo quantitativo descritivo de campo. Foram incluídos na pesquisa prontuários de mulheres que engravidaram nos anos de 2019, 2020 e 2021, totalizando noventa e seis prontuários destes, doze resultaram em aborto, sendo, portanto, a amostra analisada da pesquisa.  Resultados: Entre os dados analisados, 42% tinham ensino fundamental incompleto, 50% eram solteiras e apenas 33% tinham renda própria, em relação a quantidade de gestações, 42% já tinham mais de quatro gestações, e apenas 25% eram primíparas. Conclusão: Diante destes achados, foi possível observar que as condições sociais, culturais e econômicas podem influenciar nas condições de saúde das pessoas, como no resultado das gestações em mulheres em condições desfavoráveis. Ressalta-se a importância das ações de saúde primária, voltadas as condições de vulnerabilidades em que estão expostas as mulheres no período reprodutivo.