COLABORAÇÃO INTERDISCIPLINAR ENTRE FISIOTERAPIA E ODONTOLOGIA NO PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIAS ORTOGNÁTICAS: MAXIMIZANDO A RECUPERAÇÃO E A QUALIDADE DE VIDA

Resumo

Introdução: Deformidades dentofaciais são resultados de crescimentos ósseos deficientes ou exacerbados da mandíbula e/ou maxila, frequentemente requerem intervenções cirúrgicas ortognáticas quando não podem ser adequadamente corrigidas apenas com procedimentos ortodônticos. Embora as técnicas cirúrgicas atuais sejam consideradas minimamente invasivas, o período pós-operatório demanda cuidados especiais. Comumente, surgem desafios como alterações na amplitude dos movimentos mandibulares, redução da força muscular durante a mastigação e comprometimento da função velofaríngea. Objetivo: Destacar a importância da colaboração entre as áreas de odontologia e fisioterapia no pós-operatório de cirurgias ortognáticas, visando a restauração eficaz e segura do sistema estomatognático dos pacientes. Metodologia: Foi realizado uma revisão na literatura, incluindo casos clínicos e artigos de bases de dados renomadas, como Scielo, MedLine, Scopus e Google Acadêmico, para identificar protocolos fisioterápicos relacionados à cirurgia ortognática que melhoram a recuperação pós-operatória e reduzem complicações futuras. Resultado: A fisioterapia desempenha um papel crucial na diminuição de complicações e na otimização da função muscular. Ela aumenta a força e o tônus, auxilia nas funções neurossensoriais, melhora a vascularização e reduz a fatigabilidade. Embora a literatura não forneça um consenso absoluto sobre quando iniciar e que tipo de exercícios aplicar, a grande maioria dos estudos confirma melhorias significativas nas funções quando os pacientes aderem ao protocolo fisioterapêutico pós-operatório. Conclusão: Destaca-se que a colaboração da equipe interdisciplinar, envolvendo cirurgiões dentistas e fisioterapeutas, é essencial para o sucesso das cirurgias ortognáticas. Além de proporcionar maior conforto aos pacientes durante o período pós-operatório, essa abordagem possibilita uma evolução satisfatória na recuperação e na qualidade de vida dos pacientes.