ASSOCIAÇÃO DA PROTEÍNA DERIVADA DA MATRIZ DO ESMALTE E ENXERTO DE TECIDO CONJUNTIVO SUBEPITELIAL NO TRATAMENTO DE RECESSÕES GENGIVAIS: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
Palavras-chave:
Retração gengival, Tecido conjuntivo, Proteínas do Esmalte DentárioResumo
A recessão gengival é como deslocamento da margem gengival apícalmente a junção amelocementária, causando exposição da superfície radicular. A causa da recessão gengival é multifatorial, diversos fatores agem concomitantemente para o seu desenvolvimento. Diversas técnicas de retalho, enxertia e biomateriais podem ser empregadas para o tratamento das recessões. O objetivo deste estudo é avaliar se proteína derivada da matriz do esmalte é efetiva como coadjuvante no recobrimento radicular associado ao enxerto de tecido conjuntivo no tratamento de recessões classe I e II de Miller ou Tipo 1 de Cairo. A seleção dos estudos foi realizada no PubMed e Cochrane Library com os descritores, gingival recession e enamel matrix proteins. Foram selecionados artigos na língua inglesa, estudos clínicos randomizado controlados e revisões sistemáticas publicados nos últimos 10 anos. Além disso, os estudos deveriam usar o enxerto de tecido conjuntivo associada a proteína derivada da matriz do esmalte independentemente do tipo de retalho. Foram encontrados 1.209 artigos, sendo que apenas 4 artigos foram incluídos, houve um predomínio das recessões na região anterior, em sua grande maioria múltiplas, em que o retalho deslocado coronalmente foi o mais utilizado. Pacientes submetidos a enxertia associada a proteína, apresentaram menor dor-operatória, edema e melhor cicatrização. Não foi possível avaliar se a proteína derivada da matriz do esmalte promove maior cobertura radicular, ganho de tecido queratinizado e inserção clínica. Concluímos que a proteína derivada da matriz do esmalte é um coadjuvante efetivo juntamente com o enxerto de tecido conjuntivo subepitelial, mas não mostrou diferenças no recobrimento radicular.