A ATUAÇÃO DA ENFERMEIRA OBSTETRA NA ASSISTÊNCIA AO PARTO

Resumo

O modelo de assistência ao parto no Brasil está relacionado diretamente à atuação do médico em ambiente hospitalar, com elevado percentual de cesariana. Esse modelo oferece complicações, em decorrência de condições clínicas preexistentes ou em decorrência da própria assistência oferecida, fato que poderia ser modificado a partir da inserção de enfermeiras obstétricas na assistência ao parto, promovendo o parto normal e favorecendo uma atenção e assistência mais qualificada. O Ministério da Saúde, com intuito de melhorar a qualidade assistencial prestada à mulher, oferece cursos de capacitação, tornando enfermeiros legalmente aptos para a função. A ideia de tornar o parto mais natural possível em todos os seus estágios permite a enfermagem obstétrica retomar seu espaço, tanto pela qualidade da assistência, como pela contribuição acadêmica. Diante disso, o objetivo do trabalho foi identificar na literatura científica, as práticas de cuidado realizadas pela enfermeira obstétrica no Parto. A metodologia utilizada caracteriza-se de uma revisão de literatura sistemática, elaborada a partir de dados coletados de artigos indexados em bases de dados como SciELO (Scientific Electronic Library Online), Google acadêmico, LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciências de Saúde) e Lei do exercício profissional, com corte temporal de 2009 a 2021). Os resultados encontrados demonstram que a enfermeira obstétrica apresenta autonomia para realizar e cuidar do parto normal sem complicações, por meio do conhecimento teórico de evidências científicas disponíveis, habilidades práticas e tomada de decisão proativa, garantindo assim, uma assistência humanizada e de qualidade. Concluiu-se quando há reconhecimento, confiança e valorização do trabalho da enfermeira obstétrica, a profissional passa a atuar e demonstrar autossuficiência em sua assistência à parturiente.