LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO DE CASOS DE TUBERCULOSE NO MUNICÍPIO DE SANTA FÉ DO SUL (SP)

Resumo

A Tuberculose (TB) é causada por Mycobacterium tuberculosis, uma bactéria intracelular, aeróbica, em forma de bastonete, com alta capacidade de sobrevivência e transmissão, constituindo um importante problema de saúde pública. M. tuberculosis infecta preferencialmente os pulmões, podendo disseminar para outros órgãos como rins e meninges. O bacilo é transmitido através de gotículas liberadas por secreções respiratórias, principalmente antes do início do tratamento. O presente estudo objetivou realizar um levantamento dos casos de Tuberculose no Município de Santa Fé do Sul, no período de janeiro de 2018 a janeiro de 2021, conhecendo o perfil epidemiológicos dos infectados para subsidiar futuras estratégias de controle. Foram colhidos dados epidemiológicos notificados pelo Sistema de Informação de Agravos e Notificação. A incidência de TB no período analisado foi de quatorze casos, sendo cinco do sexo feminino e nove do sexo masculino, estando 50% dos afetados na faixa etária de 45 a 64 anos. Embora 50% da amostra apresentava alguma comorbidade, não foi encontrada comorbidades comuns. Aposentados, desempregado e “do lar” constituíram a maioria dos infectados, relacionando-se tanto com a faixa etária como com condições de pobreza. A tuberculose pulmonar foi a manifestação em 92% dos casos, havendo um caso de tuberculose pleural. Dados relacionados ao tratamento evidenciaram a combinação Rifampicina e Isoniazida, não havendo relatos de recidiva ou retratamento, evidenciando eficácia. Os dados de incidência estão de acordo com a literatura em relação ao sexo, idade, manifestações da doença e tratamento. Conclui-se que as ações municipais vêm sendo eficazes no tratamento da doença, não havendo óbitos ou tuberculose miliar no período analisado, mas a incidência é preocupante. Os dados levantados por esse trabalho poderão instituir ações para otimizar ainda mais o controle da doença, uma vez o âmbito municipal é onde se tem um relacionamento mais estreito com o paciente, havendo, portanto, acompanhamento mais efetivo.